quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

História de Santa Luzia

Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo
nome deriva do latim, é muito amada
e invocada como a protetora dos
olhos, janela da alma, canal de luz.
Conta-se que Luzia, pertencia a uma
família italiana e rica, que lhe deu
ótima formação cristã, ao ponto de ter
feito um voto de viver a virgindade
perpétua. Com a morte do pai, Luzia
soube que sua mãe queria vê-la
casada com um jovem de distinta
família, porém pagão.
Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma romaria ao túmulo da mártir
Santa Ágeda, de onde voltou com a certeza da vontade de Deus quanto à
virgindade e quanto aos sofrimento por que passaria, como Santa Ágeda.
Vendeu tudo, doou aos pobres os resultados da venda de seus bens
materiais, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa por
estes atos. Este jovem a partir de então passa a realizar inúmeras
acusações indevidas à Luzia afim de expressar seu desejos mais íntimos e
escussos de dinheiro, bens materiais e casamanto. Luzia nunca se rendeu a
estes comentários e pressões. Seguiu em sua vida material firme e fiel a
seus propósitos de vida, e como reflexo, não querendo oferecer
sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as
autoridades perseguidoras e até a sua decapitação em 303, para assim
testemunhar com a vida, ou morte o que disse: "Adoro a um só Deus
verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade".
Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia,
foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em
grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição
trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no
início do século IV.
Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia"
deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa
Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito
para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a
transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a
invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos
ou da cegueira, e até mesmo para se obter a adequada e madura visão da
vida, da família, e até nos negócios.
Diz a antiga tradição oral que essa
proteção, pedida a Santa Luzia, se
deve ao fato de que ela teria
arrancado os próprios olhos,
entregando-os ao carrasco, preferindo
isso a renegar a fé em Cristo.
A arte perpetuou seu ato extremo de
fidelidade cristã através da pintura e
da literatura.
Foi enaltecida pelo magnífico escritor
Dante Alighieri, na obra "A Divina
Comédia", que atribuiu a Santa Luzia a
função da graça iluminadora. Assim,
essa tradição se espalhou através dos
séculos, ganhando o mundo inteiro,
permanecendo até hoje.
Para proteger as relíquias de Santa
Luzia dos invasores árabes
muçulmanos, em 1039, um general
bizantino as enviou para
Constantinopla, atual território da
Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por
obra de um rico veneziano, seu
devoto, que pagou aos soldados da
cruzada de 1204 para trazerem sua
urna funerária.
Santa Luzia é celebrada no dia 13 de
dezembro e seu corpo está guardado
na Catedral de Veneza, embora
algumas pequenas relíquias tenham
seguido para a igreja de Siracusa, que
a venera no mês de maio também.


Fonte: Adaptado de Canção Novas
Notícias

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